quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Olga, a Formiga.

Era uma vez uma formiga. Essa formiga vivia muito feliz numa terra chamada Aluilaló. Aluilaló tinha muita pouca população de formigas mas, o presidente da zona, uma vez que para ser cidade tinha de ter 8000 eleitores, convidou uma donzela para procriar no ninho VIP.
Chegada a donzela ao ninho VIP, esta acomodou-se logo. Tinha a sua disposição 2 machos massagistas, 3 tampas de garrafas de água cheias de migalhas de pão, restos de bolos e pedacinhos de batatas fritas perdidas dos pacotes matutano.
Tinha uma cómoda gigante com um espelho monstruoso e com gavetinhas minúsculas. Ela, sem compreender bem o porquê de uma coisa tão chique estar ali se não tinha espaço para guardar nada lá dentro, resolveu deixar tudo dentro da mala.
Quando chegou a altura de procriar, Olga, a formiga, estava muito triste. Os formigos que lhe tinham arranjado não eram nada sensuais. Nada chamativos. Nada inteligentes. Nada simpáticos. Nada de nada. Nada de nada. E pronto, estando triste foi chorar para o quarto.
Chorou, chorou, óhhh tanto que chorou a Olga!
- Para quê procriar se vão sair feios! - lamentava-se ela por entre os soluços.
- Feios? - perguntou uma voz - Feio é o teu primo Octávio!
- Quem está aí! - perguntou alarmada, Olga, levantando-se e pondo-se em posição karaté que tinha aprendido na escola numa palestra.
- Sou eu! - disse a voz misteriosa
- Eu quem?!
- O Zé Ninguém!
- Zé... ZÉ NINGUÉM?! - Olga deu um pulo de felicidade. - TU EXISTES MESMO!? - perguntou radiante.
Zé Ninguém era real. Olga percebeu que afinal, quando as formiguinhas respondiam do lado da porta à pergunta: - Quem é? - e respondiam: - Olha, é o Zé Ninguém, quem havia de ser - e por entre dentes resmungavam: - esta mulher pá... - realmente EXISTIA! As pessoas idolatravam o Zé. O Zé Ninguém!
- Existo pois!
- Tu és tão falado, Zé!
- Prefiro que me tratem por Tóyninhas...
- Toyninhas? Mas não faz sentido... - declarou, Olga muito confusa.
- Faz sim! Eu adoro o Toy!

CONTINUA....

3 comentários: