terça-feira, 12 de outubro de 2010

Porque não tive oportunidade de dizer-te...


Tenho saudades de te abraçar. Tenho saudades de num momento super aleatório, virar-me para ti e contar-te esta novidade e a outra. De dizer-te: oh, tenho de comprar isto! ou então: temos de combinar qualquer coisa! Apetece-me tanto ligar-te neste exacto momento. Estou a entrar em decadência.
Ás vezes é complicado viver nesta situação vendo-te todos os dias. Ainda é mais complicado por isto ter acontecido a sensivelmente 5 dias atrás outra vez.
A culpa até podia ser minha... mas até nem é. (Talvez em parte até seja e eu não reparo.) Eu até tento falar... e o que recebo é aquele teu olhar. Não posso chamá-lo distante: mas é frio. E faz-me confusão porque encontro-me num poço sem fundo.
Sou eu que ligo. Muitas vezes, é só porque me lembro de ti e apetece-me ouvir a tua voz a comentar comigo como chove lá fora.
Se calhar, como me disseram a bocado, é só aquilo. Então se é, por favor, não o deixes viver entre nós. Guarda-o só para ti, ok? Ou fala comigo. Fala que eu compreendo. Sabes bem que esforço-me sempre para compreender tudo o que me dizem. Tudo até a última palavra. Assim como gosto que as pessoas me oiçam e tomem atenção. Sim. Adoro atenção. Que falem comigo. E tu também. Mas fugiste de mim. Andamos a fugir uma da outra. E estes dias têm parecido uma eternidade. Parece sempre quando estou contigo e não dizemos uma única palavra.
Muitas vezes também me sinto assim, sabes? Mas tudo passa. Também há vezes que não o consigo desfarçar, mas comento a rir. E depois abraço-te esquecendo-me de tudo. Mas tu também o fazes. Só não percebo o porquê de não o fazeres agora. Nesta altura onde tudo está a parecer e a soar errado.
Tive saudades tuas na aula de geografia. É verdade... Apetecia-me ter virado para ti e entrelaçar a minha mão na tua e só sorrir: fico sempre tão feliz por te ter ao meu lado sempre que olho. És como o meu braço direito. És metade de mim reflectida noutro corpo. Anima-me pensar: a minha melhor amiga...
Eu também odeio muitas coisas. Não és só tu. Quando vais para longe sem mim, por exemplo. Quando te vejo sozinha ali ao fundo, seja com quem for, sem comigo ao lado. Acho que é por ser uma coisa totalmente rara de acontecer. Ou quanto tens algo para me contar e não tens coragem. Nunca percebo porque é que não tens coragem para me contar coisas. Mas neste campo és como eu. E sabes que nunca te julgo por tudo o que fazes ou dizes.
As coisas deviam estar bem. Podia estar descansada porque tinha tudo organizado na minha vida. Infelizmente não está. Então, se tudo passa no dia, porque é que isto ainda não passou?

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