Não preciso de coisa nenhuma. «Na quero cá diçe!» Quero ter a liberdade para fazer o que quero. Não quero ser seguida para cada lado que vou, ouvir um barulhinho aqui ou ali e sentir o meu bolço ou a minha mala a tremer constantemente. Só por acaso, mas só mesmo por acaso, estou melhor que tu. O que tens é só temporário. E eu odeio coisas temporárias. Como a escola, por exemplo. Não me importava que fosse eterna. Por isso é que a odeio quando me lembro que ela um dia vai acabar e vão ficar com ela muitas coisas que fazem parte de mim.
Estou melhor que tu, portanto. Bem melhor que tu. E também tenho sempre quem me abraçasse a chuva. E esse coração quente será para sempre interno. Para a vida. E isto é do que vou precisar todos os minutos da minha vida. Estando eu longe ou perto.
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