Quem me dera às vezes ter coragem para te responder na cara. A coragem para dizer: Mãe, tu estás stressada com o mundo, eu sei que ás vezes deixo as coisas desarrumadas, eu sei que ás vezes não faço isto e aquilo, mas eu não tenho a ''total'' culpa do teu stress.
Quem me dera puder dizer isto do nada, quando começas a disparatar e a reclamar comigo e com as coisas, mas só consigo dizer-te quando está tudo bem. Mas eu sei que ainda ficas meio ''ofendida''. É que são sempre os mais novos que levam com as culpas. E chego a casa bem disposta e pronto, tu tens a força de me mudar completamente o estado de espírito. E começou já ontem. A tua voz ao telemóvel. O que disseste.
Mas pronto, não. Nas alturas em que me apetece falar remeto-me ao silêncio e tu falas. E eu, eu abano a cabeça ou encolho os ombros e, continuo a passar por ti, a olhar para ti, a falar para ti, em silêncio.
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