segunda-feira, 5 de julho de 2010

Querido Diário...

Hoje mergulhei nos lençóis e chamei por ti. Contei devagar e pausadamente «1,2,3» porque esperei mesmo que aparecesses.
Embora não sentisse ali nenhuma presença; um calor humano novo e um outro coração que batesse dentro das quatro paredes do meu quarto, destapei só os olhos muito devagar. Olhei para cima. Para a minha parede esbranquiçada. Na verdade, estava à espera de ver algo novo pendurado ali naquele tecto. Foi algo incoerente da minha parte. Uma ideia rebuscada de última hora da minha cabeça zonza de letras das mais variadas músicas.
Mas só o branco preenchia o que era perceptível. Como se censurasse o intocável.
Tapei os olhos. Porém, tornei a destapá-los novamente.

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