sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tens medo?

Estávamos ambas perdidas num mundo virado do avesso. O silêncio ensurdecedor embatia contra a realidade de que estava tudo perdido. Não era o mundo; era só o coração que havia parado de bater.
E nós ficamos paradas a encarar o caminho que tínhamos de seguir para inverter a vontade, e passar ao próximo nível.
Naquela noite sombria, onde o frio parecia congelar os nossos corpos frágeis, éramos submetidas a uma sucessiva imensidão de descargas emocionais sem qualquer tipo de solução sobretudo quando o chão se tornou demasiado pesado. Caminhamos assim ao mesmo ritmo como fruto do nosso desespero, desprotegidas de tudo a nossa volta.
Não havia nada que dissipasse a dor com uma pulsasão forte, acelarada e calorosa.
E não havia luz. Estávamos cegas e entregues a uma estrada nua de vida.

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