encontrei-o no mundo dos prazeres. tesouro daquele que não quis ter dono. tesouro da terra. tesouro do seu corpo por inteiro.
coberto de olhares nus, subiu a colina desmontado cada traço de angustia e sinais de crueldade. abandonando o lado sombrio que o revestia, passou pelos mais verdes campos da liberdade da vida.
ao cimo da colina, foi sentido a fadiga a conquistar cada parte de si. e nesse instante, apareci eu.
''para que te queres só para ti?'' perguntei.
e ele respondeu tão solenemente, como se já tivesse ensaiado várias vezes. como se o vento lhe tivesse sussurrado as palavras certas. as palavras que não iam em direcção aos ouvidos. assim que proferidas, iam em direcção ao coração.

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