quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Chega a ser ridícula a minha sede pelas palavras. Talvez porque as levas sempre contigo, em silêncio, porque quero dizer sempre tanta coisa assim que te vais... Como se não te visse mais. Mas sei que te vou ver amanhã, quando despertar. Sei que te vou ver ao meu lado, ainda dormir, com os raios de sol que saem por entre as fendas da janela a baterem-te na pele. 

Sei que vou conseguir pôr a minha mão no teu peito e sentir a sua elevação. E sei também que, se me chegar um bocadinho mais para perto de ti, vou conseguir sentir a tua respiração no meu cabelo.
Vou ficar a olhar para ti em silêncio e a esboçar um sorriso sem jeito. Como sempre faço. A verdade é que não sei olhar para ti sem sorrir, sabes? Estou sempre a sorrir cá dentro, às escondidas, para que não fujas da minha loucura infinita. Do vicio de te ter comigo.
Da minha sede de ti.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"I... I used to make long speeches to you after you left. I used to talk to you all the time, even though I was alone. I walked around for months talking to you. Now I don't know what to say. It was easier when I just imagined you. I even imagined you talking back to me. We'd have long conversations, the two of us. It was almost like you were there. I could hear you, I could see you, smell you. I could hear your voice. Sometimes your voice would wake me up. It would wake me up in the middle of the night, just like you were in the room with me. Then... it slowly faded. I couldn't picture you anymore. I tried to talk out loud to you like I used to, but there was nothing there. I couldn't hear you. Then... I just gave it up. Everything stopped. You just... disappeared. And now I'm working here. I hear your voice all the time. Every man has your voice." 
Paris, Texas

quinta-feira, 19 de abril de 2012