quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Chega a ser ridícula a minha sede pelas palavras. Talvez porque as levas sempre contigo, em silêncio, porque quero dizer sempre tanta coisa assim que te vais... Como se não te visse mais. Mas sei que te vou ver amanhã, quando despertar. Sei que te vou ver ao meu lado, ainda dormir, com os raios de sol que saem por entre as fendas da janela a baterem-te na pele. 

Sei que vou conseguir pôr a minha mão no teu peito e sentir a sua elevação. E sei também que, se me chegar um bocadinho mais para perto de ti, vou conseguir sentir a tua respiração no meu cabelo.
Vou ficar a olhar para ti em silêncio e a esboçar um sorriso sem jeito. Como sempre faço. A verdade é que não sei olhar para ti sem sorrir, sabes? Estou sempre a sorrir cá dentro, às escondidas, para que não fujas da minha loucura infinita. Do vicio de te ter comigo.
Da minha sede de ti.

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