É super estranho passar por pessoas com quem antigamente nos davamos bem e ter conversas do tipo: ''Oh, olá. Tudo bem?'' E pronto. Fim. Cada um vai para o seu lado. Parece que nos vamos tornando desconhecidas. Na verdade, isso já me afectou mais, visto que sou uma pessoa que me apego muito as pessoas. Pronto, mas fui-me habituando a ''falar ao longe'' e por mim isto tudo já é bué ordinary.
É desconfortante, admito. E igualmente estranho. Estranho porque... começo-me a sentir uma ''estranha'' ao lado dessas pessoas. E acredito que elas sintam o mesmo.
Não devo ser a única no meio disto tudo a viver das memórias que já lá vão. Se é que há momentos em que elas existem. Em mim si. Dou-lhes sempre oportunidade de virem ao de cima. Nem que seja só para lhes mostrar no que é que se tornaram hoje. E confesso que elas temem sempre que o amanhã chegue com intuito de as piorar. E isto já são elas a ''falar'', sem querer, com um ''bocadinho de mim'' incluído.
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Já marquei então o cabeleireiro. Vou cortar e pintar o cabelo (como já tinha referido num dos posts anteriores). Estou tipo, bué mas bué ansiosa. Sinto que isto vai ser outra etapa da minha vida e apetece-me ''fingir'' que vou recomeçar de novo.
Vai ficar mais curto do que agora e não me importo, mas sei que quando a primeira tesourada for dada que vou soltar um ''ai meu deus'' e vou pensar mil vezes: será que vai ficar mal?! Mas a parte pior vem depois porque vou pinta-lo. Não foi grande dilema por causa da cor, por acaso. Vou pintar de preto azulado. E estou bué into that. E já que penso neste corte todo, há imenso tempo que não faço uma mudança radical. E finalmente... bem, chegou-me a coragem.
Não me perguntes porquê. Ainda estou a descobrir-me...
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